Rapidinha: Frankfurt II


Daí que eu tava cansada de só trabalhar e chegar em casa e desabar na cama, ainda mais quando vi meus horários da próxima semana. Então, resolvi dar um alô para um amigo, alemão que morou em Brasília, perguntando se poderia dar uma visita rapidinha, em uma viagem do tipo bate-volta só pra descarregar a tensão, além de, claro, curtir um pouco a companhia um do outro. Ele disse sim - iupi! - e lá fui eu: viagem de duas horas e estava em Franfkurt, sua maravilhosa.



Foi um dia e meio de muito passeio por parques, com direito à gritinhos de "ai, paçoca! ai, feijão! ai, rapadura! ai, goiabada!" em uma loja brasileira, risos na ponte com cadeados dos namorados, café-almoço no telhado, minutos de reflexão no puro com nomes e datas dos judeus desaparecidos durante a II Guerra Mundial, um pouco de história sobre a muralha que quis conter o subúrbio, conversa fiada e afiada, e, olha só que delícia!, café brasileiro. Tudo pincelado por um sol muito bonito, céu azulão e a simpatia ímpar de Hendrik, brasileiro nascido alemão. Ah, teve até pé de bananeira, que doideira! E não vamos esquecer do barquinho de churrasco navegando todo maroto, com digníssimos senhores tirando foto para o Facebook  ou Instagram, vai saber.

Não deu tempo de jantar no restaurante indiano de 6,90 euros, mas com certeza a melhor opção foi o döner vendido em um barco muito charmoso, ancorado à beira do rio. Falando em rio, é claro que sentamos na grama, observamos as pessoas aproveitando o verão, falamos sobre a mudança do humor alemão nesta época - para a melhor, e o contraste entre a vida agitada da cidade símbolo de negócios da Alemanha representada pelos guindastes, edifícios e a paz do pôr do sol vivenciada pelo povão.

Vale dizer que durante nossa caminhada, nunca vi tanto ciclista na minha vida. Alguns bem irritadinhos, claro, como se tivessem dentro de um carro. Para esses, a gente dar um sacolejar de ombros e preza pela preferência ao pedestre.













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