O picho de Berlim vs. o picho de Sampa

Foto: j. Engelhardt

Há alguns dias, o recém empossado prefeito de São Paulo, anunciou um programa de "cidade limpa", onde declarou guerra contra as pichações, forma de manifestação urbana, principalmente nas periferias, e envolvendo inclusive a participação de Kobra (falo sobre o artista aqui, em inglês), muralista que teve suas origens no picho. Pois a foto aí de cima é de Berlin, onde se lê "stop wars" ou "pare as guerras" em uma enorme pichação. 

Quem anda pela cidade, vê picho por toda parte. Não me parece que isso tira seu título de um dos melhores pontos turísticos do mundo. No caso de Sampa, e de seu prefeito que se vestiu de gari poucos dias depois de ameaçar os pichadores, existe o disfarce de uma política higienista, onde o picho é associado ao marginal. Afinal, a gente sabe que Doria só segurou a vassoura na hora de pousar pras fotos numa rua que fora limpa três vezes de madrugada antes de sua chegada e os moradores em situação de rua removidos para outra área.

Isso nos diz alguma coisa, não?

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